Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: DOENÇA DE EALES OU VASCULITE POR TUBERCULOSE?

Objetivo

RELATAR CASO DE VASCULITE RETINIANA POR TUBERCULOSE COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOENÇA DE EALES.

Relato do Caso

CGF, masculino, 18 anos, referiu baixa acuidade visual (AV) em ambos os olhos (AO) há 02 meses. Apresentava hipertensão arterial sistêmica secundária ao uso de corticóide e nega antecedentes familiares oftalmológicos. Ao exame: AV de conta dedos a 2,5 m em OD e 20/200 em olho esquerdo (OE). À biomicroscopia, conjuntiva calma, córnea e cristalino transparentes em AO; tonometria de 10 mmHg em AO. Fundoscopia: vitreíte 1+/4+ em OD, tortuosidade e embainhamento vascular, proliferação fibrovascular, vasos fantasmas, hemorragias pré-retinianas e fenômenos tromboembólicos difusos em periferia em AO. Solicitado sorologias, provas inflamatórias, teste tuberculínico (PPD) e RX tórax para elucidação diagnóstica. Iniciado tratamento com corticóide oral em desmame lento. Paciente com PPD reagente (20 mm). Optado pela manutenção da corticoterapia oral e encaminhamento para infectologista. Realizou de AGF que revelou sinais de papilite, coroidite e vasculite em AO, sendo indicado fotocoagulação a laser em AO. Diante das medidas empregadas, paciente evoluiu com melhora gradual da AV, alcançando 20/20 P em OD e 20/30 em OE.

Conclusão

Não somente por compartilhar características clínicas semelhantes com Doença de Eales, a tuberculose intraocular deve ser sempre aventada como diagnóstico diferencial devido à sua alta prevalência em nosso meio.

Área

Uveítes

Instituições

Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira - Bahia - Brasil

Autores

LEANDRA DUARTE BASTOS, POLLYANNA SANTOS SUZART, VILLANE MARINHO SILVA, RONILDO JÚNIOR FERREIRA RODRIGUES, GUSTAVO FERRAZ FERREIRA, MARIA AUXILIADORA MONTEIRO SOUZA