Dados do Trabalho


Título

Uveíte anterior granulomatosa e hipertensiva associada à paracoccioidomicose

Objetivo

Objetivo: Descrever caso complexo de uveíte anterior granulomatosa como manifestação de paracocciodioidomicose.

Relato do Caso

Relato: Menino de 5 anos de idade, com febre, linfadenopatia e lesões cutâneas umbilicadas no tórax, pescoço e face, foi encaminhado ao HSG/HC-UFMG com baixa acuidade visual (AV) no OE. Apresentava AV de 20/20 no OD e 20/250 no OE. À biomicroscopia, notava-se no OE injeção ciliar, acompanhada de múltiplos nódulos irianos brancacentos e massa inflamatória fibrovascular infiltrando e fechando o ângulo da câmara anterior (CA) entre 2h e 10h; coexistia pequeno hipópio. O OE era normal e a pressão intraocular era de XXmmHg no OD e XXmmHg no OE. Diante do quadro, a criança foi internada para investigação e submetida a biópsia das lesões de pele, que revelou Paracocciodioides sp. Submeteu-se também a lavagens de CA e anfotericina B (anfoB) intracameral, e tratamento com anfoB lipossomal seguida de sulfametoxazol-trimetoprim, além de hipotensores oculares tópicos/oral. Após controle da infecção, foi associado corticosteroide tópico e oral. Com o tratamento, a criança evoluiu com controle da inflamação intraocular e regressão das lesões de pele, alcançando AV de 20/160 no OE.

Conclusão

Conclusão: Abordagem multidisciplinar e intervenção precoce são fundamentais nessas infecções intraoculares raras, que podem representar a primeira manifestação de quadros muito graves. Além do tratamento com antifúngico sistêmico, a lavagem da CA e o uso intraocular de anfoB são adjuvantes importantes.

Área

Uveítes

Instituições

Universidade Federal de Minas Gerais - Minas Gerais - Brasil

Autores

Laura Camila Ramírez Márquez, Daniela Caldas Teixeira , Maria Laura Pires de Carvalho, Daniel Vitor Vasconcelos Santos, Anna Christina Higino Rocha , Danuza Oliveira Machado Azevedo