Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE DE ANEL CORNEANO INTRAESTROMAL EM CERATOCONE: FIM DA PROGRESSAO?

Objetivo

Relatar uma série de dois casos acompanhados longitudinalmente em que o implante de anel intracorneano contribuiu na estabilização ou lentificação da ectasia no ceratocone.

Relato do Caso

Homens jovens (22 e 18 anos), com queixa de redução da acuidade visual bilateral progressiva por histórico de ceratocone, ambos com indicação de anel intracorneano. Paciente 1 com ceratometria pré-operatória: OD 43,34 (K1) 46,79 (K2) 3,45 (astig.) e OE 49,80 (K1) 56,55 (K2) 6,75 (astig.), com AVCC em OD de 20/25 e OE de 20/60. Paciente 2 com ceratometria pré-operatória: OD 50,46 (K1) 62,41 (K2) 11,95 (astig.) e OE 42,01 (K1) 47,64 (K2) 5,63 (astig.), com AVCC em OD de 20/100 e OE de 20/25. Realizado implante de anel intracorneano nos olhos com pior AV de cada paciente. Obteve-se no paciente 1, na ceratometria mais recente (8 anos após procedimento): OD 50,13 (K1) 52,48 (K2) 2,35 (astig.) e OE 47,07 (K1) 49,35 (K2) 2,28 (astig.), com AVCC em OD de 20/60 e em OE 20/30. Já no paciente 2, na ceratometria mais recente (1 ano após procedimento): OD 48,55 (K1) 52,23 (K2) e em OE 44,27 (K1) 52,45 (K2), com AVCC em OD 20/25 e OE 20/40.

Conclusão

Conclui-se que ambos pacientes apresentaram bons resultados na contenção da progressão do ceratocone no olho em que foi implantado o anel intracorneano. Além disso, nos dois casos, o olho em que não foi realizado a cirurgia obteve piora gradativa da visão e avanço progressivo da ectasia. Dessa forma, trata-se de uma opção terapêutica com resultados promissores quando bem indicada.

Área

Córnea e Doenças Externas Oculares

Instituições

Hospital São Geraldo (HC-UFMG) - Minas Gerais - Brasil

Autores

Caio Godinho Caldeira, Lidyane Bortoleto Garcia, Thaís Godinho Caldeira, Juliane Coelho Ricciardi, Werley Marquez Borges Junior, Frederico Bicalho Dias da Silva