Dados do Trabalho


Título

Uso de injeção intraestromal de anfotericina B no tratamento de úlcera fúngica: um relato de caso

Objetivo

Descrever caso de paciente que apresentou ulcera fúngica sem melhora com tratamento clínico, com resolução do quadro após injeções intraestromais de anfotericina B.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 60 anos, trabalhador rural, comparece a consulta de urgência com queixa de sensação de corpo estranho e olho vermelho em OE com 20 dias de evolução, ja em uso de múltiplos antimicrobianos, sem melhora. Ao exame oftalmológico, apresentou AV com PH de 20/25 em OD e vultos em OE. À biomicroscopia apresentava ulcera central com infiltrado denso em OE, hipópio de 1mm, sem alterações em OD. Coletada cultura com confirmação de infecção por Fusarium sp. Iniciados colírios fortificados, com Pimaricina 5% de 1/1h, sem melhora significativa. Optado, por realização de injeção intraestromal de anfotericina B. Paciente evoluiu bem, realizando no total 6 injeções com intervalo de 3 a 7 dias entre elas. Apresentou melhora dos sintomas, epitelização completa, resolução da infecção, mantendo leucoma central à biomicroscopia e AV de 20/100

Conclusão

As úlceras fúngicas são infecções de difícil controle clínico. O tratamento com Piramicina 5% tópico é a primeira escolha na infecção por fungos filamentosos, mas, muitas vezes, o transplante de urgência é inevitável. A injeção intraestromal de medicamentos fungicidas é uma alternativa menos invasiva que o transplante, que pode ajudar na resolução da infecção. Algumas medicações disponíveis para a injeção intraestromal são a anfotericina B, o Voriconazol e a Pimaricina.

Área

Córnea e Doenças Externas Oculares

Autores

Alice Purri Coelho e Sousa, Sibele Sauzem Milano, Sabrina Cavaglieri Silva, Nancy Chang