Dados do Trabalho


Título

CRIPTOFTALMIA INCOMPLETA ASSOCIADA A FENDA 11 DE TESSIER: ABORDAGEM PALPEBRAL COM RETALHO DE TENZEL

Objetivo

Relatar um raro caso de criptoftalmia incompleta não sindrômico e descrever a abordagem cirúrgica de escolha.

Relato do Caso

Paciente feminina, 6 meses, apresentou ao nascimento criptoftalmia incompleta na região medial da pálpebra superior direita, sendo que este setor não apresentava estruturas palpebrais, apenas pele formada pelo ectoderma superficial embrionário firmemente aderida à superfície escleral, limbo e córnea. Além disso, apresentava também falha nos 2/3 mediais do supercílio, caracterizando a fenda 11 de Tessier, e ausência de outras malformações sistêmicas e comorbidades, não se enquadrando em nenhuma síndrome. A gestação e o parto foi sem intercorrências e ao exame oftalmológico fixa e segue, sem outras alterações.O tratamento exige planejamento baseado nas condições oculares, e neste caso foi optado por liberação do simbléfaro medial, seguida de formação de pentágono nas bordas palpebrais, tenotomia total do tendão cantal lateral, rotação do retalho de tenzel e fechamento do canto medial por planos.Desta forma a paciente evoluiu bem com adequada proteção, lubrificação, fechamento e abertura ocular.

Conclusão

Conclui-se que apesar dos desafios da reconstrução palpebral em um raro caso de disgenesia palpebral, dependendo da gravidade da malformação e do potencial de visão, a técnica de retalho de Tenzel é uma opção viável para o tratamento da criptoftalmia incompleta devido à possibilidade de reconstrução completa das pálpebras, garantindo um resultado satisfatório estético e funcional.

Área

Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais

Instituições

Hospital de Olhos do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Jessica Monteiro Machado, Rodrigo Beraldi Kormann, Anna Luiza Valente Souza Mello, Valentina Monteiro Bontempo, Rafael Gadens, Bruno Hirt