Dados do Trabalho


Título

Ceratite Fúngica como ferramenta para diagnóstico de Deficiência de GATA2

Objetivo

Analisar caso de ceratite fúngica em paciente com imunodeficiência primária e realizar breve revisão de literatura sobre o tema

Relato do Caso

Paciente feminina, 20a, queixava-se de dor, fotofobia, sensação de corpo estranho e BAV em OD há 07 dias. Procurou atendimento oftalmológico sendo diagnosticada com ceratite infecciosa e iniciado tratamento empírico com Moxifloxacino, Fluormetolona e Aciclovir pomada. Após 3 dias apresentou piora do quadro clínico, sendo optado pela suspensão da medicação e coleta de raspado corneano para GRAM, GIEMSA e cultura para bactérias e fungos. Diante de um resultado positivo para fungos filamentosos, foi iniciado Pimaricina 5% e Anfotericina B 0,15% tópicos associados a Fluconazol oral por 21 dias, tendo resolução completa dos sintomas oftalmológicos. A paciente em questão não possuía nenhum fator de risco conhecido para ceratite fúngica, porém ao investigar sua história médica pregressa observou-se o uso recorrente de antibióticos para diversas afecções sistêmicas, além de pancitopenia leve estável nos últimos 5 anos. Devido a esse histórico a paciente foi encaminhada ao hematologista para investigação de imunodeficiência primária. Após propedêutica foi diagnosticada com deficiência de GATA2 e submetida a transplante de medula óssea

Conclusão

Ao se deparar com paciente jovem sem fatores de risco para ceratite fúngica é necessário avaliar de forma completa sua história médica pregressa, já que a manifestação ocular pode ser o primeiro achado de uma doença sistêmica grave

Área

Córnea e Doenças Externas Oculares

Instituições

UFMG - Hospital São Geraldo - Minas Gerais - Brasil

Autores

Juliane Coelho Ricciardi, Daian Rodrigo Turcato Ceccon, Mariana Pereira Tsukuda, Marco Antonio Tanure, Caio Godinho Caldeira, Maria Luísa de Oliveira Higino