Dados do Trabalho


Título

DISTROFIA MACULAR VITELIFORME DO ADULTO (DMVA): UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de DMVA, doença rara, que acomete indivíduos entre 40 e 70 anos, com prognóstico visual variável. Suas alterações estão localizadas no complexo EPR-fotorreceptor com depósito subfoveal amarelado, elevado e oval em um ou nos dois olhos. Apesar de a maioria dos casos ser multifatorial, uma minoria apresenta padrão de herança genética autossômica dominante.

Relato do Caso

Homem, 53 anos, hígido, queixa-se de baixa acuidade visual (AV) iniciada há 2 meses, com piora progressiva. Apresenta história familiar negativa para doenças oculares relevantes.Ao exame, apresenta AV com correção de 20/200 OD e 20/80 OE. À fundoscopia, nota-se uma lesão bilateral atrófica amarelada, levemente elevada, de localização sub-retiniana com edema retiniano perilesional. O OCT evidenciou cicatriz disciforme macular em ambos os olhos, com membrana neovascular sub-retiniana em atividade no olho esquerdo. Restante do exame oftalmológico sem alterações.

Conclusão

Sabe-se que na DMVA o desenvolvimento de neovascularização da coróide (CNV) impacta negativamente no prognóstico visual. O tratamento da DMVA é limitado; nos casos que evoluem com neovascularização coroidal, tem-se a terapia com anti-VEGF, podendo controlar e até reverter a CNV. Estudos futuros são necessários para identificar fatores genéticos adicionais, além de melhor correlação entre os fatores de pior prognóstico. Além disso, espera-se avançar em medidas capazes de prevenir o surgimento e proporcionar melhor prognóstico visual aos pacientes.

Área

Retina e Vítreo

Autores

Lara de Cássia Dutra Teixeira, Jordane Benedito Vargas Oliveira, Bernardo Santos Corrêa, Rafaella Pereira Neiva, Camila Rohr Coutinho Elmor Miguel